A Taxa Selic segue elevada em 13,25% ao ano, e muitos investidores de fundos imobiliários (FIIs) estão preocupados com os impactos dessa taxa sobre seus investimentos. Será que os FIIs ainda têm espaço para cair mais? Ou já atingimos um patamar onde o pior já passou?
Como a Selic Impacta os FIIs?
Os fundos imobiliários costumam sofrer em períodos de juros elevados por alguns motivos principais:
Concorrência com Renda Fixa: Com a Selic alta, investimentos em renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, oferecem retornos mais atrativos e com menor risco, o que reduz a atratividade dos FIIs.
Custo de Financiamento: Fundos que possuem imóveis físicos (FIIs de tijolo) dependem de financiamento para expansão e manutenção. Juros mais altos encarecem esses custos e impactam os resultados.
Valorização dos Ativos: Com uma taxa de desconto maior, o valor presente dos aluguéis futuros diminui, reduzindo a precificação dos fundos imobiliários.
O Pior Já Passou?
Apesar desses desafios, os FIIs já sofreram quedas expressivas desde o início do ciclo de alta da Selic. Muitas dessas correções já foram precificadas, e o mercado agora olha para o futuro. Caso o Banco Central inicie um ciclo de cortes na taxa básica de juros, os FIIs tendem a se recuperar antes mesmo das reduções acontecerem.
Outro ponto relevante é a diferença entre os tipos de FIIs:
FIIs de Papel: Investem em títulos como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que geralmente têm seus rendimentos atrelados à inflação ou ao CDI. Em momentos de Selic alta, esses fundos costumam manter bons pagamentos de dividendos.
FIIs de Tijolo: São mais sensíveis aos juros, pois dependem da valorização dos imóveis e da demanda por locação. Entretanto, muitos desses fundos estão sendo negociados abaixo do valor patrimonial, o que pode representar oportunidades para investidores de longo prazo.
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